Desafio
Tu te deténs à beira do abismo...
Eu construo pontes.
Enquanto armo o circo,
e estouro pipoca,
e engulo espadas,
tua alma
- cega leoa alada! -
teima
em proteger os filhotes
alegres arteiros,
brincantes de esconde
esconde.
Eu me alimento dos teus filhos,
e deixo que os caminhos se desdobrem para mim
em mistério;
prefiro que a noite fria sobre mim se derrame...
teus filhos me aquecem e consolam.
Ousas abrir tuas famintas asas?
Pontes são para confiar!