ONDE MORA O PERIGO

Quem poderia dizer
que perigo estaria à espreitar
além de cada esquina mal iluminada
ou cada rua estreita do mundo?

Acaso as línguas que inflamam,
não seriam tão ou mais perigosas,
tanto quanto os feridos no espírito
cujas almas se tornam leprosas?

São os becos, que a tudo percebem,
na estranheza de seu próprio vazio
aqueles que nunca recebem
um agasalho quando têm frio.

Sou das escritas, não das inspirações.
Se assim seduzo, não sou culpado.
Pobre de quem desprezado difama,
enquanto estou em minha cama,
amando meu amor, ao meu lado...



 

CAVALEIRO SOLO
Enviado por CAVALEIRO SOLO em 27/09/2008
Reeditado em 14/08/2013
Código do texto: T1199690
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