ESTAÇÃO PARAÍSO

Estou só

Olhando o imenso azul

O azul imenso da imensidão

Como se a janela do infinito

Desse vista para o paraíso chamado você

Você que acaricio com meus olhos

Quando me encontro

No desencontro do coração.

A imensidão de mim é meu porto

Meu refúgio

Meu desconforto nesta solidão

Estou só

Farto de mim

Vivendo o não viver

Sufocando ilusão

Quando grito por mim

Só encontro você.

Em certos momentos incertos

Quando o destempero domina a alma

E cavalgo o delírio da imaginação

Sinto o calor do teu corpo

O licor do batom nos teus lábios

O toque febril das tuas mãos

Acordando na minha carne

A voracidade do prazer

A gula da emoção

Teu delírio minha miragem cavalga

E se queda, e se morre, e se mata

Na quarta estação.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 07/03/2006
Reeditado em 19/05/2006
Código do texto: T119913