ESTAÇÃO PARAÍSO
Estou só
Olhando o imenso azul
O azul imenso da imensidão
Como se a janela do infinito
Desse vista para o paraíso chamado você
Você que acaricio com meus olhos
Quando me encontro
No desencontro do coração.
A imensidão de mim é meu porto
Meu refúgio
Meu desconforto nesta solidão
Estou só
Farto de mim
Vivendo o não viver
Sufocando ilusão
Quando grito por mim
Só encontro você.
Em certos momentos incertos
Quando o destempero domina a alma
E cavalgo o delírio da imaginação
Sinto o calor do teu corpo
O licor do batom nos teus lábios
O toque febril das tuas mãos
Acordando na minha carne
A voracidade do prazer
A gula da emoção
Teu delírio minha miragem cavalga
E se queda, e se morre, e se mata
Na quarta estação.