Agonia e Êxtase
Caí na terra
da criação
Estarrecida com
a visão
Parei no meio
da caminhação
Voltei-me no passado
da confissão
Projetei-me no
futuro da indecisão
Lancei-me no poço
da predição
Enterrei-me nas
presas da agoniação
Mergulhei no fundo
da escuridão
Entreguei-me à
tortura da consumição
Sangrei até ficar
tênue a pulsação
Segreguei-me nos altos
muros da prisão
Atei-me às frias grades
da expiação
Perdi-me no tempo
da solidão
Fiquei com medo
de assombração
Desejei, por fim,
a libertação!
27/01/2005