Insatisfação

Pobre de mim que vou morrendo...

Por causa deste meu bel prazer...

Um dia, olhando o firmamento

Acreditei que podia escrever!

Sou mera guardiã de histórias...

De vidas que aqui neste solo jazem...

Eu sei de suas breves vitórias

Sei das dores que ainda trazem!

Nesta vereda somente escrava...

Que busca alimentar os esfomeados...

Cuja alma faminta brada

Pelas palavras dos antepassados!

Alguma coisa em que seja sinal...

Que lhes dê força e seja guia...

Que os redimem desse espinhal

Revelando a eterna aurora do dia!

Pobre de mim que vou querendo...

Costurando meus trapos...

Transformando- me em remendo!

Um dia, olhando o firmamento...

Para a humanidade quis ser...

Em modestas linhas, encantamento!

Alma Nua, São Paulo, 25 de Setembro de 2008, 22:38

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 26/09/2008
Código do texto: T1197819
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.