Bruma
Outra manhã.
E como em tantas outras...
café, pão e preguiça.
Bruma leve na janela
e em mim.
De um Zepelim dourado
escuto a canção da chuva
e me reparto em risos
ao te ver vagando em mim.
Sorriso de menina...
gestos de mulher...
e eu aqui, poeta.
Um outro sonho...
Um outro porto...
Um outro vento...
E uma estranha
e doce esperança
de te ver voltar...
...para então pintar
janelas abertas...
horizontes de mim,
com pinceladas
de bruma e poesia.