PERQUIRIÇÃO
Partícula
me dimensiono.
Onde sou finito
mediato?
Agulha,
onde penetras em mim
aflito,
invadido e temeroso?
Onde arranhas
a tessitura do poço?
E que concha
dá guarida
ao que quero guardar?
Montes,
voltas de contas
que desnudam o cerne,
para onde sou levado?
Além de mim
o que construo?
E se escrevo,
penetrado, perplexo
em quem dói?
– Do livreto O EU APRISIONADO. Porto Alegre: EditorArt - RB Editor, 1987, 28 p.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/119765