Sob a janela, as cordas
Um perfume de acácias
e uma primavera de ventos frios.
Sob a janela os acordes de dedos ágeis
perfuram minha alma e me fazem sonhar.
Todos os sonhos de uma natureza
que adormece sombreada por nuvens...
Todos os meus sonhos, envoltos na singeleza,
procuram o branco do luar.
E a música das cordas baila com o vento
entra em minha veia, corrompe os meus sentidos
e o pulso antecipa.
Sonoridade. Noite bela.
Sob a janela
cordas me enfeitiçam.
Semitonal perfeito.
Asas aos sonhos
porque esta noite
o vento, rarefeito,
parou para escutar...