SONHOS ANTIGOS
SONHOS ANTIGOS
Nesta praça ficaram nossos momentos.
Rodopiando feito mariposas,
saltaram sobre os canteiros
contemplando somente o brilho
que escorria de nossos olhos.
Nem o silêncio das estrelas nos perturbava.
Imbuídos de nossa própria juventude,
importava apenas o que então éramos.
Diante de tanta leveza, devaneios
desabrochavam no arroio daquelas manhãs.
Nenhum de nós imaginou que a ferrugem do tempo
pudesse corroer nossos versos
e quebrar o contorno de tão perfeitas rimas.
Hoje os bancos e os jardins contemplam outros sorrisos
e nos perguntam onde foram parar os nossos sonhos antigos.
Basilina Pereira