Insônia

Ela me ronda, noite após noite,

Mantendo-me desperta,

Fazendo minha mente se ocupar.

Cada palavra incerta,

Cada suspiro oportuno,

Se transformam em palavras,

Em um doce sussurar.

A pena e o papel me são um calvário,

Pois nunca sei o que deles nascerá.

Entre rimas, sonetos, linhas soltas,

A inquieta insônia vive a me atormentar.

Quando cerro meus olhos,

Ela me cutuca, escancarando-os,

Até que na cama me sente,

A meia luz, como uma demente,

Pena e papel a tabalhar.

Por isso o sono me foge, percebo,

Com tal patronesse a me mover,

E de meus devaneios se aproveitar.

Patroa cruel, a insônia...

Me motiva a escrever, mas me priva o sonhar.

Zannah
Enviado por Zannah em 24/09/2008
Código do texto: T1194711
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