ESTILHAÇOS DE LETRAS...
Sinto teu corpo largado em meus braços...
A noite que se finda...
Inspira-me a compor poemas ousados...
As palavras como balas...
Explodem em pequenos estilhaços...
Lançados ao papel...
Transformam-se dando forma ao cio saciado...
Largados entre nossos corpos...
Os papéis foram testemunhas de nossos ousados toques...
Nossos alucinantes beijos...
Ouso unir estes estilhaços de letras...
Escrevo o que sinto...
Meu corpo se arrepia...
Com nossos devassos desejos...
Agora descritos no papel frio...
Tomam formas descrevem nossos desvarios...
São loucas delícias...
Que como um pavio...
Acendem a minha vontade de escrever...
Repasso ao papel...
Em traços rudes...
E às vezes em delicados traços...
Ouso me inspirar em teu corpo esguio...
Sorvo do teu néctar...
Que uso como tinta para minha pena...
Risco e rabisco...
Desfaleço em teus braços...
Exausto e inebriado pelo prazer...
De escrever um poema erótico...
Em teu corpo esguio...
(Ocram 28/03/05)