DISTORCIDAS TELAS...
Noto no espelho minha face marcada pelo tempo...
Meu olhar é penetrante e cálido...
Em meus pensamentos...
Cores formam distorcidas telas...
Relembram esquecidos momentos...
Lembranças às vezes salgadas...
Como o mar bravio...
Outras plácidas...
Como o mar sereno...
Ao longe meus olhos notam o enfurnar de velas...
A melancolia aumenta...
A saudade cresce...
Minhas mãos já não sentem o timão...
Já não sinto o marulhar das ondas...
O sorriso já não se faz presente em meus lábios...
Como uma criança choro...
Algo falta ao meu coração...
(Ocram 04/04/05)