Medo que se sente
Medo que se sente...
Sente que se tem medo!
De sobressalto revela- se à frente,
Em uma névoa disforme,
E um pavor enorme
Que impera imponente!
A vista dilatada denuncia,
O suor frio que desce,
A face rubra, empalidece
O grito agudo silencia!
Mil olhos parecem espreitar,
Qualquer som é desesperador,
Exposto a um predador
O grito não consegue gritar!
É o espanto diante do medo!
É o medo diante da gente!
É o medo que te faz abate...
É o medo que soa como alarme...
É o medo !
O medo que impede o passo,
Que faz refletir antes do ato,
Que está em todo lado,
Que receia a vitória do fracasso!
Medo de errar a mão...
Medo de acertar em vão...
É medo!
É medo inimiga presente,
Eterno perseguidor...
Desespero avassalador
É pane geral na mente!
É amiga sempre alerta,
Bússola orientadora,
Do perigo, delatadora
Para a realidade desperta!
O coração desenfrea descompassado
A respiração abafada por um 'clique'
Reprimindo qualquer chilique,
O grito matando engasgado!
É o medo que te faz abate...
É o medo que soa como alarme...
É o medo !
Alma Nua, São Paulo, 23 de Setembro de 2008, 03: 04