Medo
Frio que assola minha alma
Como manto, vem meu espírito envolver
Limitando de vez minha vontade
Rogo aos céus por um momento de calma
Desejo braços carinhosos para me acolher
Enquanto me debato na temporalidade
Cor escura e densa ao meu redor
Sufocando o desespero, nublando minha visão
E pulsa contraído meu ser desesperançado
Há de vir um tempo, mais atento e melhor
Que destrua para sempre os laços da ilusão
E liberte meu juízo do passado
Defrontar-se com o medo
É algo assustador
Que nos deixa temporariamente sem ação
Ele próprio contém o segredo
Desvendado pela dor
Que rasga, sem piedade, o coração