Solidão

A solidão me invade

Sua presença é constante

Insiste em me acompanhar

Ela é tanta que nem cabe

No espaço consonante

Que me é lícito ocupar

A solidão é saudade

Que deixa-me ofegante

Sem poder me aliviar

Não sei se é por maldade

Que se faz sempre presente

Tentando me provocar

A solidão é esperta

Um tanto beligerante

Não se deixa afastar

Penso que ela acoberta

De maneira elegante

O que me faz recuar

A solidão em verdade

Talvez seja a companhia

Que busco no exterior...

Quem sabe a oportunidade

De romper a agonia

Na tirania da dor?!

A solidão me fascina

Quando a sinto fortemente

Latejando com vigor

Minha alma pequenina

Se recolhe humildemente

Buscando somente o amor

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 18/04/2005
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