Solidão
A solidão me invade
Sua presença é constante
Insiste em me acompanhar
Ela é tanta que nem cabe
No espaço consonante
Que me é lícito ocupar
A solidão é saudade
Que deixa-me ofegante
Sem poder me aliviar
Não sei se é por maldade
Que se faz sempre presente
Tentando me provocar
A solidão é esperta
Um tanto beligerante
Não se deixa afastar
Penso que ela acoberta
De maneira elegante
O que me faz recuar
A solidão em verdade
Talvez seja a companhia
Que busco no exterior...
Quem sabe a oportunidade
De romper a agonia
Na tirania da dor?!
A solidão me fascina
Quando a sinto fortemente
Latejando com vigor
Minha alma pequenina
Se recolhe humildemente
Buscando somente o amor