Auto Retrato
Nasci num dia qualquer
Com tons primaveris
Minh'alma tem nectares de flores
E ânsias eternas pelos beijos
De solitários colibris
Sou carícias de brisa morna
Acalanto de mar...
Sonho de luar...
Em noites vestidas de luz.
Sou vendaval...
Desejo...volúpia...
Sou o verso e o reverso.
Tenho o som dos cantares
Do infinito os sonhares
Sou ternura...promessa falaz.
Sou loba... sou cordeiro...
Ao toque sútil do amar
Verbo que conjugo quase a rezar.
Trago o sabor do mel
Sou candura...lágrima pura.
Guardo o sorriso franco
O som dos guizos...badalar dos sinos
Sou tempestade e alvorecer
cor e escuridão...sou solidão.
Sou pedaços...cicatrizes...
Sou fenix sempre a renascer.
Sou o passado...
O agora ...e o amanhã...
Tudo isso num corpo de mulher.