Na fita, o que pira & fica!
Fita para arrumar o cabelo
Deixa de lado, rebeldes & alados
Com jeito de arrumada, mira a saia
Camisete disfarçando de cobertura
Bico para todos os lados
Alguma coisa solta no ar,
Voltas sobre tantos assuntos,
Mudanças de rumo feito previsão do tempo
Alguns trovões, mas nada assustador,
Caminhas em várias direções...
Noite que espanta as estrelas,
Todos os vampiros que espreitam,
Noite vadia para horas de insônia
Calada ou falante, vejo o brilho que leva aos olhos,
Uma sensação de bem-estar, alguns receios,
Um certo de jeito para encarar a responsabilidade
Molecagens para quebrar o ritmo, feito livro,
Uma página pela outra, toques & palavras,
Fumaça largada pelas janelas, aqui & acolá...
Corre noite, corre em disparada, corre coração,
Os olhos que se levantam para suspirar
A trilha que cada música traz, sons que marcam,
Nada de marcas que se esperam pelo corpo,
Tudo coberto no pudor, esperando o momento...
Qual momento?
Passo aflito, esperas de conflitos atrás das cortinas,
Lançada a linha na fina folha d’água
Até a Lua aparece um tanto desconfiada,
Girando o tempo, o corpo estremecendo, lado que se vira,
Cada qual tocando a chave em sua porta
Uma sensação de perda, um lamento,
Outra de alívio, desgraçadamente outra vez...
Pela vez que sobra, apenas palavras,
Enquanto a vida toca a nau adiante, um mar aberto...
Distâncias que se aproximam, lentamente...
Algum dia o brilho jorrará latente
Assim que um beijo for dado!
Peixão89