Inconstante

Tantas vezes e tantos sonhos

Quis eu construir.

Ruíram-se na areia do presente no porvir;

Eram quimeras ou loucuras?

Eram desejos, fissuras ou apenas quereres

Passageiros, nada mais que pensamentos

Vagando pelas ondas de minh’alma errante.

Tantas vezes fui tão inconstante

Que nem mesmo soube quem fui eu.

Claro. Viandante pela obscuridade

De meu ser que nada sabe

Mas tudo sente sem ver

Perdi-me e me refiz

Voltei à luta e me recompus.

Tudo soube e nada quis

Apenas um pouquinho mais

de constância

E certeza em meu coração.