OUTRA VEZ

Outra vez teus castanhos

aos meus causando brilho

e me afastando de rebanhos

para não haver empecilho.

Outra vez tuas mãos

que nas minhas se aquecem

juntas numa oração

para os que nos esquecem.

Outra vez tua vida

entre meus dias

quando leve e perdida

me segura e sorria.

Outra vez tua despedida

de quem não aceita o amor

que em sua face desiludida

transparece apenas o amargor