Tanto EU !

Em outras passagens entrei

E não houve identificação,

Nem mal, nem bem

Nem bônus, nem ônus...

Com olhos de sentido agudo

Procurei a identificação

Mas tateio ainda

Procurando uma clareira

Onde haja um sol

Se pondo ou levantando:

As duas formas são plenas

De beleza, de amor.,

De solidão,

De rasgos de claridade,

Vislumbres de

Um tempo vivido

Ido, pleno, sentido.

E eu aqui tentando

Colocar meu eu,

Quando tudo o que disse

Drummond era: "quem fala

do eu não faz poesia".

Mas não quero categorizar,

So quero um espaço

Que eu possa contemplar,

Na medida em que possa me

Fragilizar cada vez menos

E parar de dormir no sereno.

Lenir Castro
Enviado por Lenir Castro em 16/09/2008
Código do texto: T1180838
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.