Tanto EU !
Em outras passagens entrei
E não houve identificação,
Nem mal, nem bem
Nem bônus, nem ônus...
Com olhos de sentido agudo
Procurei a identificação
Mas tateio ainda
Procurando uma clareira
Onde haja um sol
Se pondo ou levantando:
As duas formas são plenas
De beleza, de amor.,
De solidão,
De rasgos de claridade,
Vislumbres de
Um tempo vivido
Ido, pleno, sentido.
E eu aqui tentando
Colocar meu eu,
Quando tudo o que disse
Drummond era: "quem fala
do eu não faz poesia".
Mas não quero categorizar,
So quero um espaço
Que eu possa contemplar,
Na medida em que possa me
Fragilizar cada vez menos
E parar de dormir no sereno.