Gênero da avenida (bonita avenida)

No meio do calçadão,

Pés a caminhar e desandar,

Rápidos e rasteiros.

Pressa a esperava.

Aos lados muitas rodas.

Rodas a observavam.

Rodas sonâmbulas e transtornadas,

Com vozes que incomodavam.

Olhares baixos e não sinceros.

Sinceros pra que?

Se não me conhecem?

Mintam então.

Faz parte do jeito dos seus.

Repúdio sinto e acalmo.

Não devo sentir assim,

Mas continuo sentindo.

Nervos latentes e pulsantes,

Comprimindo idéias.

Agridem-me com suas rodas.

Tento entender,

Da onde vem essas rodas.

Rodas insanas e demência.

Demência no seu mundo.

Meu mundo não é o mesmo.

O igual não existe nesse contraponto.

Gratidão tenho pela minha sensatez.

10/08/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 15/09/2008
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