LEMBRE-SE

Lembre-se...

dos destinos incertos

transcritos por estragos;

nascidos do eventual.

Eventual?

Casual?

Por acaso?

Não se sabe de onde...

Lembre-se...

dos belos covardes

medrosos, enfartados,

atacados pela cobiça,

desgastados no coração.

Passados há muito tempo

longínquos...sem rota,

sem temer e pedir

um único perdão.

Lembre-se...

das diversões, desilusões,

das conversas banais,

atropelos, desmazelos,

jogados fora

no lixo do quintal.

Lembre-se...

da alma lavada

repentina, intempestiva,

opinativa ou triste,

da satisfação do Ser,

em não ser.

Lembre-se...

que chamou,

deu um nome,

pessoa inexperiente,

que sabe das coisas,

ou finge não saber.

Universal

com ou sem privilégios,

vantagens amassadas,

envergonhadas.

Sirigaita, assanhada,

mas que autorizou a viver!

Agosto de 1999

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 14/09/2008
Código do texto: T1178173
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