O meu desatino...
Caminho, sento
levanto, me agito
paro, respiro
admito:
Um erro,
um sonho desfeito,
essa dor no meu peito.
Me vejo no enterro
do sonho perdido,
do passado escondido.
Escuro, meu muro
que isola, ignora
controla
a vida
que eu já não tenho.
Suspiro, respiro, aspiro
esse ar impregnado
fumaça,
cigarro apagado,
cheiro forte
do álcool, da morte.
A vida passou,
e eu não pude ver,
nada pude fazer
pelo que me restou.
Caminho,
de um lado ao outro,
perdido, encontro
sozinho, o destino,
o meu desatino...