Rebeldia
A cada pedaço de mim que morre
com o punhal da batalha perdida
Sou como um cristal quebrado
e dos cacos faço mosaicos
A cada pedaço de mim que morre
nas desilusões com atos e fatos
Sou como flores do mato
renascendo além dos penhascos
A cada pedaço de mim que morre
pela mão de um ser ausente
Sou como uma presença oculta
em tons de sutil freqüencia
A cada pedaço de mim que morre
com a dor de minha criança faminta
Sou pão e fruto proibido
cobrindo as fendas de alento
A cada pedaço de mim que morre
sou fúria, indócil e indomada
Sou luta de causas perdidas
Mas não me entrego, nem morta!