Minha Catedral...

Balança o vento na folhagem que está seca...

Tornou-se cinza o que antes foi verde!

Perpassou em tons diversos de vermelho

E agora ficou quase sem cor... E as raízes

Parecem chorar ao som do vento

Como uma longa despedida

Da vida...

O vetusto Templo gótico se impõe

Com a humildade dos que sabem que são grandes.

Quantas vidas, quantos sonhos, quantas dores

Se repetem no interior da Catedral...

Quantas gerações se aproximaram

Da Igreja, que é cartão postal

Da minha cidade de Pelotas...

Eu amo a minha Catedral

Dedicada ao Cristo-Redentor!

Seu interior possui a Força Preciosa

Que perdoa ao humilde pecador...

– Minha Catedral,

da “videira selvagem” recoberta,

Tens Vida em paredes e interior;

E, por fora, demonstras a grandeza

Do ciclo da vida em estertor

Quando chega o inverno frio do sul...

Mas quando vem o verde, à primavera,

Tu atestas que nada aqui se perde:

Renovas tuas folhas muito verdes

Que cantam, tocadas pelo vento,

A Marcha Triunfal do Ciclo desta Vida

Para os que crêem no Meigo Redentor!....

Assim a vida: há o tempo dos lamentos,

Da finitude desta vida humana...

Mas não ficamos à morte reduzidos:

Ressurgimos como o verde à primavera

Trazendo a vida ao que antes foi pó!

As músicas em ti estão constantes

São orações e louvores ao Criador.

Não são cantores que fazem sua beleza,

Mas sim a fé dos que cantam Teu Amor!

– Que linda lição tu me ensinas

Ó minha amada Catedral do Redentor!

És a Mão de Deus, que cuida de seus filhos

E lhes revela Seu Eterno Amor!

Tu não nos deixas sucumbir ante a amargura:

Tu nos relembras que, de Deus, vida é penhor

Dado pelo Senhor da Vida, o Majestoso

E amantíssimo Cristo Redentor!

Bendita sejas, minha Catedral...

Ao Cristo Vivo, que jamais esquece

Dos filhos que salvou por seu Amor

E que a tantos conduzes ao Senhor!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 12/09/2008
Código do texto: T1174839
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