Ao veneno da estupidez

Penso sozinha,

Vivo sozinha,

Estar sozinha,

Ser sozinha.

Ninguém acompanha

Meu raciocínio.

Elemento do caos.

Tolos também amam.

São felizes e inteligentes.

Tirar da solidão,

Uma solidez exacerbada.

Veraz é seu codinome.

A angústia é perene.

Tolos são perenes.

E com prazer adorável,

Pois quem não prova da tolice

Não pode sorrir ou chorar.

O sem nexo também tem sua razão.

Razão para ser fútil,

Em meio a tanta mediocridade,

Mediocridade do meio, que vem a conturbar.

Usar da tolice é uma forma

De preservar a mais inteligente noção.

Noção de ser grandioso,

Nada em vão.

Vãs são as pessoas consternadas

Que me cercam.

Dotadas de toda impureza,

Agressão as minhas idéias.

Preservo meu inconsciente.

Não tenho argumentos para idiotas.

O silêncio é uma resposta inteligente.

Minha resposta é um espelho,

Esse espelho emitirá um reflexo,

Esse reflexo vai doer.

Irá machucar a estupidez alheia.

Prefiro vê-los amargurarem sozinhos

Com seu próprio veneno.

09/08/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 11/09/2008
Código do texto: T1173361