Guerreiro

Jamais te vira cantar em silêncio, sorrir

Sem riso, e riso e pranto

Desiludir, e calado apanha-los

Para jogar flamejando no lixo?

Jamais te vira na saliência do nicho

Dos declives, desfalecer de fascínio neles

À lassidão enérgica de caminhar

Entre as sombrias crateras dos cismos

Jamais te vira golpear o apático

Para purificar o olhar da hipocrisia

De uma história que silencia e que acata

Vira-te na totalidade, camarada! coisa de mais valia

Extraída do sensualismo sarcástico

Pela patética ternura do dia-a-dia.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 01/03/2006
Reeditado em 02/03/2006
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