O Pote
Meu pote de porcelana branca
Me serviria apenas de ornamento...
Mas para ser bem franca...
Guardo coisas sem constrangimento!
Coisas inúteis, sem nenhuma utilidade
Coisas quebradas, faltando um pedaço...
Coisas pequenas, sem funcionalidade...
Coisas que no pote tomam espaço!
Invés de no lixo jogar,
Dentro do pote é lançado...
Quem sabe vou precisar...
Mesmo fragmentado!
São pedaços de nada
Guardados sem explicação...
São vestígios... Ocultada...
No pote inerte sem expressão!
Com a tampa rachada
Sem nenhuma elegância...
Uma única flor desbotada
Pintada... Sem fragância!
Ali em sua inércia, esquecido...
Desprezado olhando todos a passar...
Embora cheio...Oprimido...
Cheio de vazio sempre estar!
Alma Nua, São Paulo, 11 de Setembro de 2008, 15: 10