No Paraíso

Eu lamento

Estar nestas terras

Pisadas por seres que desconheço

Raças indistintas

Nada semelhantes a humanos

Lamento

Ter convivido tantos anos

Entre estes

E não haver reconhecido

Os desumanos

Seres surdos aos apelos!

Afrontosos na covardia!

Coniventes a traição!

Cúmplices de adultérios!

Algozes dos seres!

Lamento

Por não ter percebido

Quantos difamadores!

Quantos cruéis!

Quantas devassas!

Quantos hipócritas!

Quantos prevaricadores!

Quantos agressores!

Quantos corruptos!

Quantos ladrões!

Circulam nestas terras!

Meu Deus!

Quantos são estes?

Quantos são estas ?

E a paz? A harmonia?

Do clamado paraíso?

Que terras ardilosas são estas?

Onde a raça não tem face!

Nem ouvidos!

Nem estende suas mãos!

Pobres seres

Que não sentem o anjo maior

Símbolo do divino

Encravado no Centro

Que diz:

Arrependei-vos!

Justiça Impere!

Pobres seres!

Como me envergonho de vós

por macularem o paraíso!!

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Ana Maria Bruni
Enviado por Ana Maria Bruni em 11/09/2008
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