Re(i)Bento.
Filho do tempo.
Bebi dose forte do teu momento
E gastei aquele veneno lento
Em um sufoco de descontentamento.
Esse teu tom, teu acento.
Vem, procura meu alento
Porque essa dose do tempo
É o lanceio do firmamento
Que um tijolo rebento
Rebentou nesse momento.
Ah, filho do tempo.
Esse arrancamento de delícia
Destrói meu fino argumento.
Nessa rima pobre te contento
Como o Rei Bento.
Solta esse teu lenimento
E me coroa como teu tento
Para pintar esse momento
Do teu nascimento, rebento.
Meu açodamento
É por conta desse teu embelezamento
Rei Bento.
Esse teu olho de índio ao relento
Me causa afobamento
De te ver nesse momento.
Belo preto-índio-branco, rebento.