Zài Jiàn (Adeus)
Não quis chorar, mas confesso,
Que as lágrimas não findaram...
E continuaram, no prover de meus versos,
E com eles, um poema confabularam...
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Não quis chorar, mas chorei,
Como uma criança e seu brinquedo quebrado...
E como um belo quadro que borrei,
Peço desculpa, por ter te magoado...
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Os olhos avermelhados, não deixam fingir,
E mesmo que eu minta, eles deflagram...
A tristeza que está a evoluir,
Como uma doença que há meus órgãos estragam...
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Pois o elixir acabou, resta a dor,
A dor de ser ou não ser, figurado...
Pois no adeus, eu lhe aceno com a flor,
A flor que com amor, eu havia regado...
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Mas ela deu o seu suspiro de vida,
Na mão de quem teve lhe apanhado...
E também se posse de partida,
E murchou, sem que eu tivesse notado...
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Eu não quis chorar, mas então chorei,
Ao ver o jardim vazio, e você não ao meu lado...
Chorei pelo que não compartilhei,
Flor e mulher... benção e pecado...
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Eu não era assim, e não percebi a mudança,
Não percebi que sonhava os sonhos teus...
Mas tudo morre, quando morre a esperança,
Tudo morre, quando nasce o adeus...