MIRAGEM
I
Mulher enroscada na areia
arranca das ondas jatos acesos,
das dunas suores gelatinosos;
quando se mexe/o mar dá cambalhotas,
se abre as pernas/o sol atira flechas,
se roça as coxas/versos salivam entre folhas!
Faróis te olham enrijecidos,
enquanto navios se afogam
nos abraços de iemanjás sedentas.
De perto(diria) é mulher!
De longe:bandeja de estrelas oceânicas
tecida
de silhuetas e fogo.
II
Tão solitária e efervescente,
ensopado de marisco clamando degustação!
Sente a metáfora abocanhada
e imagina sua gramática
lambida por incendiários fonemas.
Conjuga os seios no pretérito,
no infinitivo,doura os pelos
cerra os olhos no subjuntivo
e espera o pouso
dum poeta embebido de labaredas
e pleonasmo intumescido.
I
Mulher enroscada na areia
arranca das ondas jatos acesos,
das dunas suores gelatinosos;
quando se mexe/o mar dá cambalhotas,
se abre as pernas/o sol atira flechas,
se roça as coxas/versos salivam entre folhas!
Faróis te olham enrijecidos,
enquanto navios se afogam
nos abraços de iemanjás sedentas.
De perto(diria) é mulher!
De longe:bandeja de estrelas oceânicas
tecida
de silhuetas e fogo.
II
Tão solitária e efervescente,
ensopado de marisco clamando degustação!
Sente a metáfora abocanhada
e imagina sua gramática
lambida por incendiários fonemas.
Conjuga os seios no pretérito,
no infinitivo,doura os pelos
cerra os olhos no subjuntivo
e espera o pouso
dum poeta embebido de labaredas
e pleonasmo intumescido.