Sangue e Poesia

-À noite me chama

A debater socos e pontapés,

A socorrer corpos em chamas;

À noite me surpreende,

Com grande imprudência no transito!

Sangue enlatado em frente aos sinais;

Em toda parte se ouve

O som mais tocado,

O grito da sirene;

O que se torna banquete para os funerários

É desespero para os hospitais...

-Sonhos perdidos,

Gente que não vive,

Isso não é vida de gente!

É vida de filho da puta;

A guerra que não conhece a paz,

Pessoas que tiram de nós

Laços que não voltam jamais;

O drama das famílias

Que vivem entre a pobreza e o rastro de bala,

Que viram noticia na manchete de jornais...

-Somos vítimas da crueldade e da impunidade,

Pessoas que fazem da violência

Um palco de sangue e prazer;

Vidas que não respeitam outras vidas

Que tiram de nós o direito de viver...

poeta luiz gomes
Enviado por poeta luiz gomes em 08/09/2008
Reeditado em 08/11/2008
Código do texto: T1168133
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