O BOTO E O FETO
Pêra, uva, maçã e carambola.
A moçada de mãos aos olhos,
Nas areias da praia de Abrolhos.
Inocente beijo que te deita e rola.
O perfume do rato no esgoto.
Gravidez causada pelo boto.
Pânico que espanta o afeto.
Desovas nas águas teu feto.
Pela via expressa deslizas calma,
Alegria, fantasia oculta o trauma.
É dura e elétrica a Turmalina,
O coração e pele de Carolina.
Jóia preciosa de vulgaridade sutil,
Vernáculos ferindo que nem fuzil.
Palavras que expulsas em repulsa,
Gosto de sangue que em tua alma pulsa.
setembro/2008