dois dedos de amor...
dois dedos de amor
e umas garrafas vazias na mesa.
gira mundo...
gira som...
gira aquilo que olho...
longe alguma coisa toca:
“so we are history...”
e essa ternura tétrica
tocando suavemente...
um ar encharcado de cerveja...
ouço uns sons abertos no ar
- eles dão poesia –
e é tudo alegria molhada,
na solidão de ave
quedada
minha, tua, meu amor.
como é doce o éter
daquilo que nunca houve
e já quer ser olvidado!
uns sons abertos no ar...
dois dedos de amor
e umas garrafas vazias na mesa!