Freguesia Telúrica!

Pedra de atiradeira, vidros & estilhaços,

Pregos fincados na areia, lupa nova,

Mirando pra esquerda, acertando na direita,

Lua embaçada, chuvas de verão,

Animais vivem batendo o portão

Também, com toda essa ignorância no mundo,

Orelhão toca esperando o cabaço

Cigarras atrapalhadas, no baile de E.t.!

Contatos imediatos, colação & grau,

Surto de entrega, comida pasteurizada...

Leticina entre a soja e o arroz, centeio...

O sorgo vermelho que embriaga,

Apara-gramas do insucesso, epa!

Batendo cabeça no sono atrasado

Alguns de folga gozam o carnaval...

Rock na trilha, na contra-balança,

Lascas de latas jogadas por aí...

Chaves na mão, carretos de geladeira,

Cabeça chata cuidando da vida dos outros

Preguiça no ambiente coletivo, vidro...

Uma vela aos céus, valha-me barqueiro...

Outra que nem Deus quer saber

Língua entre as coxas, fulgaz...

Cetim, serpentinas & colisões...

Amanheceu batendo lata, vibrador!

Punhos no teso, quem lambeu com a testa?

Vernissage para acólitos anônimos

Assovio clandestino corta o ouvido

Novos cabaços avisam os merdas

Revigorados macacos pintando no ar

Balacrava para falsete crônico

Passarela acumula vestígios & gozos...

Sacro-vacas enfiadas no ku da Amérika!

Se alguém vai tomar as dores...

Apartes a descoberto em plena audiência

A programação, clic, sujeita, clic, epa!

Porrada no circuito central, letras...

“Nóia” que para nas asas do orgasmo

Travou o sistema, chama o satélite,

O mochileiro vai recuperar outra cabeça

Pode acender outra vela, a luz demora...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 27/02/2006
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