LUTO

Não há conserto

Para tanto desmantelo,

Nem oficina

Achará o defeito.

Inútil!

Nada a fazer!

Ciclo encerrado,

Porta fechada.

Tudo arqueja no tempo,

E o relógio não pára.

As mãos seguem vazias,

E por companhia,

Um passeio fúnebre

Conta a história,

Em desbotada policromia.

Foram-se os devaneios,

A lira, a fantasia,

Os versos e a canção.

Luto é o que resta.

Morto está o CORAÇÃO!

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 07/09/2008
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