LUTO
Não há conserto
Para tanto desmantelo,
Nem oficina
Achará o defeito.
Inútil!
Nada a fazer!
Ciclo encerrado,
Porta fechada.
Tudo arqueja no tempo,
E o relógio não pára.
As mãos seguem vazias,
E por companhia,
Um passeio fúnebre
Conta a história,
Em desbotada policromia.
Foram-se os devaneios,
A lira, a fantasia,
Os versos e a canção.
Luto é o que resta.
Morto está o CORAÇÃO!