VINHO TINTO...
Em um canto sofrendo calada,
Sortida é a tristeza.
Tristeza de amores perdidos,
Sobre dias mal vividos.
No escuro de seu pensamento,
Neste inabitável apartamento.
Com o aperto de seu peito,
Ao lembrar o vazio do leito.
Choras a lagrima morna,
Da vida que lhe conforma.
Comemora seus festejos,
Na frustração de seus desejos.
Linda como a lua,
Em pele, quase nua.
Como um gesto de carinho,
Leva à boca de encontro ao vinho.
Elimina a dor dessa vertigem,
Deixa a alma quase virgem.
E o torpor dessa agonia,
Transpõe-se ao raiar do dia.
L´(Max) 01.2006