Os vinte e quatro anos de um poeta
Chegou seis de setembro, ganhei vinte e quatro,
Vinte e quatro anos de loucura e poesia,
Vinte e quatro anos de dor, verso e devaneio,
Vinte e quatro anos insanos que são meus.
O barco do meu coração segue á deriva,
Segue a malograr e bendizer esse mundo,
Segue entre a consternação e o alívio,
Sempre afogado e submerso em riso e pranto.
Meu espírito ainda é imaturo e menino,
Eterno amador, errante e aprendiz,
Eterno coração enluarado de mistério e estranheza.
Eis que passa um rio caudaloso e espesso em mim,
Uma correnteza de lágrimas que me lava em versos,
Versos afáveis que desnudam meus erros e culpas,
Versos que redimem e perdoam meus tropeços,
Versos que me fazem renascer feito uma fênix,
Versos aflitos de um poeta de vinte e quatro,
Vinte e quatro anos insanos que são meus.
Thiago Cardoso Sepriano