Amor...
Amor...
Em cada sorriso jovem
-- vejo teu eterno rosto límpido a contemplar-me
vejo olhos verdes apetecendo-me [Cris]talizados...
Tum! Tum! Tum!...
Repique cardíaco alucinado,
inebriado e embriagado
num entorpecente alucinógeno amoroso.
Perco passos, compassos e a visão constate!
Onde Andar?
Nem mesmo nas noites sem sono--
Encontro-me!
Amor...
Como podes mergulhar em minha corrente sanguínea?
Deturpar minha lucidez corrompida?
Ah! quero viver embriagado...
Drogado e viciado.
Morrer em fim, se por fim de amor!
Estás presentes em tudo e em todo lugar...
Nos sonhos das noites mal dormidas,
nos pensamentos da insônias de madrugadas adentro,
nas esquinas que passaram, nas calçadas,
nos perfumes, no meu lençol...
Na verdade, profundamente, no meu corpo--
Em todo meu ser, tu estás!
Enlaçaste-me em espectros braçais
dos quais não quero me soltar...
O músculo doe numa dor prazerosa
no sentir-te, do ouvir em gotejadas,
sibiladas palavras de dizer-me que me amas!
Eu por vez, te amo e entrego-me ao teu colo...
Quero chorar e encher tua taça de amor
com as lágrimas das minhas entranhas
a ti ofertadas em holocausto!
Pois queimo, ardo em chamas por ti amada minha!
Amor...
Pareço que morro,
mas cada dia o amor ressuscitar-me com vigor.
É você a quem vejo em primeiro ao amanhecer
e és a última que absorvo ao adormecer!
Tu és plena e única
és meu AMOR!!
-- Ludiro