Saudades do irrealizável

Oi, amor, hoje acordei

Com uma enorme saudade de ti.

Confesso: até chorei...

Tantas lembranças! O beijo apaixonado,

Sob o luar da rua antiga de São Luís!

O teu beijo, amor, que nunca me foi dado...

Ah, que saudades! Quando de ti (nunca) ouvia

“Eu te amo”, tão doce e terno,

Que inda hoje ecoa na minha persistente fantasia...

Te lembras do nosso sexo de luxúria vária

Entre bocas famintas e suspiros desmaiados?

Ah, não lembras! Era na minha alcova imaginária...

De ti com saudade acordei e para ti componho,

De novo, estes versos tão doloridos e estranhos

Para alguém que foi apenas um sonho...

Mas, por quê, te pergunto, me fizeste

Acordar hoje com esta incontida saudade

Do teu amor que nunca me deste?

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 03/09/2008
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T1160042
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