Saudades do irrealizável
Oi, amor, hoje acordei
Com uma enorme saudade de ti.
Confesso: até chorei...
Tantas lembranças! O beijo apaixonado,
Sob o luar da rua antiga de São Luís!
O teu beijo, amor, que nunca me foi dado...
Ah, que saudades! Quando de ti (nunca) ouvia
“Eu te amo”, tão doce e terno,
Que inda hoje ecoa na minha persistente fantasia...
Te lembras do nosso sexo de luxúria vária
Entre bocas famintas e suspiros desmaiados?
Ah, não lembras! Era na minha alcova imaginária...
De ti com saudade acordei e para ti componho,
De novo, estes versos tão doloridos e estranhos
Para alguém que foi apenas um sonho...
Mas, por quê, te pergunto, me fizeste
Acordar hoje com esta incontida saudade
Do teu amor que nunca me deste?