CYBER
CYBER
Lílian Maial
Cenário perfeito,
guarda-roupa impecável,
cores metálicas,
música incidental,
movimentos decompostos,
máquinas previsíveis,
programadas,
insensíveis,
a serviço do homem,
como o próprio homem.
E, num instante de distração,
um cenografista histérico
enxuga uma gota de óleo,
que brota da máquina muda,
no momento em que todas as luzes
se apagaram,
num belíssimo,
tórrido,
inesperado,
avassalador,
incontestável
longo-circuito...
**************