ZEPELIM AMARELO




As palavras que

Você buscava,

Aqui hoje estão,

Em uma canção que ouvi de você,

Que ontem a gente cantava...


Parecia que tudo

Fazia parte da melodia,

O poema não era fugidio

E tudo era arte pura

Uma completa poesia

Preenchendo o vazio.


Não é preciso nem dormir...

Tudo hoje é uma mistura

Daquilo que se vê.

Buscar no oriente

A paz que voava

Num zepelim amarelo,

Vimos sol da meia noite,

Que a peneira filtrava.

Pura luz transbordava...


O que hoje você sente?

Nada é como esperávamos,

Às vezes um rio de lágrimas.

Eram tantas certezas

Que ontem tínhamos...

Hoje tantas correntezas

E tantas questões sem respostas,

Frases e rimas

Guardadas nas entrelinhas

De uma poesia sem lógica,

Simplesmente pra fugir

Daquela simetria escatológica!

Falo dos que não entendem minhas linhas,

Porque um gemido

Não traduz a minha dor,

É apenas um poema corrido.


15/8/2008
Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 02/09/2008
Reeditado em 29/03/2009
Código do texto: T1157631
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