Redescobrindo-me...

E, de súbito

Despertei para meu íntimo, até então esquecido.

Nossa! Como é bonito e o tocante meu ser

Até então esquecido por mim.

Comecei a ver em mim lindas paisagens, vales infindos

Que sempre existiram sem que me desse conta

Será que estava tentando negar minha existência?

O amor às vezes sufoca,

Faz com que, sem que eu queira esqueça de mim

Me negue a existência.

Mais amor não é troca?

Ás vezes, vejo-me a indagar o que é o amor

E um pássaro a voar me respondeu:

-Amar é assumir o eu, é aceitação, companheirismo, cumplicidade.

Não nasce num dia, mais pode durar uma vida

Se as raízes são bem aprofundadas.

Logo, penso:

Será que as raízes do meu amor estão seguras?

Será que estou cultivando-o a cada dia para que cresça?

Pois não há sobrevivência sem cuidados pré-determinados

E não há amor que consiga viver sem ser regado.

Simplesmente murcha, esvai-se

E se nosso amor não for real

Se foi plantado em solo ruim

Ao menos devo tentar salvar

Essas lindas paisagens,

Esses vales infindos

Até então esquecidos

Esquecidos por mim,

E, que se encontram dentro de mim...

Luciana Faustino de Oliveira
Enviado por Luciana Faustino de Oliveira em 01/09/2008
Código do texto: T1155792
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