Redescobrindo-me...
E, de súbito
Despertei para meu íntimo, até então esquecido.
Nossa! Como é bonito e o tocante meu ser
Até então esquecido por mim.
Comecei a ver em mim lindas paisagens, vales infindos
Que sempre existiram sem que me desse conta
Será que estava tentando negar minha existência?
O amor às vezes sufoca,
Faz com que, sem que eu queira esqueça de mim
Me negue a existência.
Mais amor não é troca?
Ás vezes, vejo-me a indagar o que é o amor
E um pássaro a voar me respondeu:
-Amar é assumir o eu, é aceitação, companheirismo, cumplicidade.
Não nasce num dia, mais pode durar uma vida
Se as raízes são bem aprofundadas.
Logo, penso:
Será que as raízes do meu amor estão seguras?
Será que estou cultivando-o a cada dia para que cresça?
Pois não há sobrevivência sem cuidados pré-determinados
E não há amor que consiga viver sem ser regado.
Simplesmente murcha, esvai-se
E se nosso amor não for real
Se foi plantado em solo ruim
Ao menos devo tentar salvar
Essas lindas paisagens,
Esses vales infindos
Até então esquecidos
Esquecidos por mim,
E, que se encontram dentro de mim...