ESPANHA

Pedras

Rochas

Farpas

Dança eterna

Poeira de arenas madrilenhas

A espada entra certeira

Muros seculares entranhados no pensamento

Questionam origens

Trens nas linhas

Virgens

Frios bichos invadindo espaços reais

Reis nas estações

Invisíveis a olhos nus

De onde te conheço, terra do sempre?

? Que sol é aquele primeiro no horizonte?

Esses fantasmas fingidos ignorando intimidades históricas

Orgasmos sangrentos

Marmóreo passeio entre muros e palácios

Procissão quebrada nos ventos

Paisagem e espasmos

As serras passam olhos revisando loucuras

Túneis cavados e centelhas sepultadas no concreto

Choramos aquele rio

Príncipe das noites enluaradas

Cela injusta de paixões

Manhãs amanhecem iluminadas

Palácios são pombas

Voando nas torres da Espanha