EM GALOS
A percorrer o tempo
Na noite: o galo
Com seus pés tridentes
De trazer preso o chão
Sobe-se ele em pernas
Paralelas
A marcar tempos
Dentro e fora
Dele galo
Preenche-se todo de penas
Penas desse mundo todo
Às cores diferentes
De cada dia.
Sobe-se vertiginoso
Em pescoço
Como que o infinito
Infla-se notas e notas
Na noite já pouca
E seu canto tanto
Explode.
De seu pequeno espaço/canto
Rasga o dia
Que se apresenta
A despeito de esporas
Apontadas em ontens
Rasgados e largados
No tempo.
A percorrer o tempo
Na noite: o galo
Com seus pés tridentes
De trazer preso o chão
Sobe-se ele em pernas
Paralelas
A marcar tempos
Dentro e fora
Dele galo
Preenche-se todo de penas
Penas desse mundo todo
Às cores diferentes
De cada dia.
Sobe-se vertiginoso
Em pescoço
Como que o infinito
Infla-se notas e notas
Na noite já pouca
E seu canto tanto
Explode.
De seu pequeno espaço/canto
Rasga o dia
Que se apresenta
A despeito de esporas
Apontadas em ontens
Rasgados e largados
No tempo.