PRAIA DE ANGEIRAS
afago com o olhar a polpa da Natureza
ao quebrar da tarde quente de verão
nesta praia serena
sem gente
sem algas
sem espuma
povoada de gaivotas
que abrem caminhos visíveis
na infinita lagoa azul que
ontem foi mar e amanhã o será.
enlaço a tempo real ao sonho
para perpetuar na retina
este crepúsculo de tarde branco azul laranja
e escuto comovida a música tépida da paz.
repouso o espírito sobre asas
de um cântico aberto colectivo
e fascinada respiro sílabas de amor
que recebo das pequenas sereias
que cantam cheias de graça
à minha volta e sobre a cor marinha.
neste momento a praia serena
vestida de brancas penas
sem gente
sem algas
sem espuma
é só delas e minha.