PRAIA DE ANGEIRAS

afago com o olhar a polpa da Natureza

ao quebrar da tarde quente de verão

nesta praia serena

sem gente

sem algas

sem espuma

povoada de gaivotas

que abrem caminhos visíveis

na infinita lagoa azul que

ontem foi mar e amanhã o será.

enlaço a tempo real ao sonho

para perpetuar na retina

este crepúsculo de tarde branco azul laranja

e escuto comovida a música tépida da paz.

repouso o espírito sobre asas

de um cântico aberto colectivo

e fascinada respiro sílabas de amor

que recebo das pequenas sereias

que cantam cheias de graça

à minha volta e sobre a cor marinha.

neste momento a praia serena

vestida de brancas penas

sem gente

sem algas

sem espuma

é só delas e minha.

quatro folhas
Enviado por quatro folhas em 29/08/2008
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