UM POETA QUANDO MORRE

UM POETA QUANDO MORRE

Lílian Maial

Um poeta quando morre

É igual a qualquer um:

Deixa dor, no peito escorre

Solidão, pranto e jejum.

Um poeta quando parte

Leva consigo um tesouro:

Quem fica, amputado d´arte

Guarda seus versos qual ouro.

Um poeta quando sonha

Que das nuvens faz morada,

Não contava co´a façanha

De deixar (órfãs) palavras.

Um poeta quando ama

E faz da vida seu livro,

Da morte, em si, não reclama,

Pois morria em verso vivo.

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