** manha de gata **
quero acordar para a vida
espreguiçando-me como uma gata
num dengo gostoso
onde a pressa não se faça
andar manhosa sob as árvores da praça
cair de pé quando desequilibrar sem graça
lamber o corpo num tranqüilo ritual
desconfiada fugir de gente do mal
descansar alheia no banco do quintal
lamber sem pressa os pelos das patas
caminhar vaidosa enquanto o tempo passa
para encontrar o gato que companhia me faça