Trincheira

Diante da mente vazia,

o deserto em branco

a me desafiar.

No punho armado e pronto,

quilômetros de tinta azul

aguardam ordens para avançar.

Mas nada acontece.

Silêncio no radar...

A alma emudecida,

nada consegue captar.

O éter não responde.

Isolado,

na fronteira

entre a vitória e o desertar,

só me resta aguardar.

Cada hora sabe sua hora,

eu é que não sei esperar.

E é hora de aprender.

O silêncio é meu aliado

e tem muito o que me dizer.